Um protesto contra o reality show
Big Brother Brasil reuniu
cerca de 20 manifestantes na tarde desta sexta-feira (20) em frente à
sede da Rede Globo na zona sul de São Paulo. As entidades participantes
incluíam movimentos pela "democratização das comunicações" e pelos
direitos das mulheres e usou o episódio do suposto estupro no programa
para defender o controle dos meios de comunicação e criticar a emissora e
os anunciantes da atração.
A Polícia Militar em princípio proibiu o uso de um carro de som, mas
depois permitiu que fosse usado em um volume que
"não prejudicasse quem
estava trabalhando". Um dos manifestantes a tomar o microfone foi um
técnico de manutenção eletrônica da própria Globo, Arnaldo Marcolino.
Diretor de um sindicato, ele garante que participaria mesmo sem a
proteção do emprego que o cargo lhe dá.
"A Rede Globo é só um CNPJ, quem
tem a concessão pública são as famílias", defendeu o sindicalista.
Pouco antes, o sargento policial militar Eduardo Barbosa reuniu as
lideranças dos movimentos para declarar o apoio da corporação ao ato e
dizer que estaria ali para garantir o direito de protestar
pacificamente. Foi corrigido por Jacira Melo, do instituto Patrícia
Galvão.
"O senhor está vendo que estamos em maior número, portanto, da
próxima vez, use 'senhoras e senhores' ao invés de se dirigir só ao
masculino!", exigiu. O policial se defendeu dizendo que esta era a regra
do português e que está familiarizado com discussões de gênero na
língua.
"Faço Letras na USP", disse.
Ao tomar o microfone, Jacira comparou o protesto desta tarde com o
movimento pelas eleições diretas no País ocorrido na década de 1980.
"A
últma vez que a Globo foi contestada, como agora, foi no movimento das
Diretas Já!", afirmou. Pouco além em seu discurso, ressuscitou um slogan
de quase 28 anos.
"O povo não é bobo, fora Rede Globo!". Manifestantes
defenderam ainda a retirada do programa do ar dizendo que em todos os
outros países onde o reality foi exibido já deixou as grades de
programação
"por causa da baixaria".
Terra
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